Ricardo V. Malafaia 24/dez/2017
Há mais de 1.600 anos, sempre no dia 25 de dezembro, o Natal é celebrado com muita emoção, por centenas de milhões de pessoas, em todos os cantos do planeta. Mas qual a sua magia? E qual a sua força?
Alguns sempre o relativizaram, lembrando que a escolha da data teve a intenção de contrapor uma festa pagã relacionada ao solstício de inverno. Apesar da retórica, o Natal seguiu de pé!
A Igreja também é feita de homens. E por isto, em nome da instituição, erros históricos foram cometidos. E outros ainda são, por alguns de seus membros. Apesar destes graves equívocos, o Natal seguiu de pé!
No início de sua caminhada, um hábito romano foi introduzido na sua comemoração: a singela troca de presentes. E, ao longo dos séculos, outros símbolos foram também incorporados, como a árvore decorada. Enaltecido, o Natal seguiu de pé!
Meio sem querer, outro personagem não bíblico foi adicionado à sua celebração. Inspirado num santo de grande coração, o Papai Noel ganhou notoriedade natalina. Bem acompanhado, o Natal continuou de pé!
Mesmo em épocas de pestes, que dizimavam populações inteiras, esta data continuava acalentando os enfermos e seus órfãos. Apesar da dor, o Natal resistiu de pé!
Centenas de guerras se sucediam e por anos prosseguiam. Mas no último dia 25 do ano, muitas delas eram, por apenas algumas horas e por ambos os lados, interrompidas. Dentro de cada trincheira, comemoravam. E até fora dela, inimigos já se confraternizaram. Emocionadamente, o Natal de pé seguiu!
Na mesa do rico, muita fartura. Na do pobre, muitas vezes vazia. Mas antes de tudo, o Natal é sentimento, que dispensa opulências, pois carece apenas da capacidade de amar. Apesar das injustiças, o Natal de pé se manteve.
Há países onde o cristianismo prevalece. Mas há muitos outros onde os cristãos compõem uma arriscada minoria. E, devido ao fanatismo religioso, há muito vêm sendo implacavelmente perseguidos. Fruto, contudo, de sua inabalável fé, o Natal se manteve firme e de pé!
Com os tempos contemporâneos veio o materialismo assolador. Aquela singela troca de presentes foi engolida por um avassalador consumismo. Mesmo diante deste distanciamento de valores, o Natal resiste. E de pé, continua a seguir!
A modernidade também tem inflado o ateísmo e o distanciamento de Deus. Porém, quando se colocam diante de centenas de imagens espetaculares promovidas diariamente pela natureza, seus seguidores podem fraquejar em suas convicções. E se perguntarem: como um desajustado caos consegue ser o seu brilhante autor? E, a despeito deste questionamento, o Natal dá de ombros e vai seguindo de pé!
Correntes filosóficas pós-modernas têm procurado desmistificar o seu verdadeiro sentido, relativizando-o e dando mais ênfase às relações humanas do que ao verdadeiro contato com Deus. Apesar destas insistentes tentativas, o Natal vai seguindo, convicto e inabalável. E de pé!
Para ser profunda e verdadeira, uma autêntica celebração não necessita de um número maior de participantes. Data tão importante pode ser muito bem aproveitada por apenas uma pessoa. Estará só, mas não sentirá solidão, se, e somente se, estiver devida e profundamente acompanhada pelo Aniversariante do dia. E deste modo, o Natal jamais deixará de estar de pé!
Sim, e qual a verdadeira força do Natal? Como tem conseguido resistir tão bravamente por séculos e séculos, mesmo diante de um sem número de ameaças à sua essência?
Na verdade, a intensidade e o vigor do Natal têm apenas uma única razão: a força de um Menino, pobre e refugiado. Previsto nas escrituras e precedido por acontecimentos históricos, seu nascimento ocorreu em torno da mais absoluta simplicidade. E mudou o mundo!
E este Menino, que se tornou Homem, além de todos os ensinamentos que nos deixou, pouco antes de sua morte, presenteou-nos com uma de suas mais belas lições: o perdão!
De fato, mesmo diante de quaisquer crimes que alguém possa ter cometido, se, em algum momento, for tomado pelo mais profundo e autêntico sentimento de fé e de arrependimento, suas faltas poderão ser por Deus perdoadas. É o amor em seu mais puro estágio.
E esse amor com Deus, através do menino Jesus, é o verdadeiro significado da celebração do Natal. Nele, comemoramos o aniversário de quem veio por nós. E, antes que seu corpo partisse, mudou a História. E o tempo foi zerado. E uma nova contagem se iniciou!
Que a pureza representada por esta data se alongue por um ano inteiro. Que se permita que a Sua presença se faça por muito tempo. E que a Sua inspiração, a Sua luz e o Seu amor contagiem os nossos dias que virão em 2018.
Um Feliz Natal de saúde, paz, amor e união com Deus!
- Se desejar que a reflexão se torne uma ação, compartilhe clicando, abaixo, no botão do WhatsApp ou no do Facebook.
- Deixe o seu comentário. A sua opinião faz toda a diferença.
- Uma sociedade em busca não conhece muros!
Que lindo texto! Elucidativo e ao mesmo tempo tocante. Percebo todo ano uma energia muito forte na noite do dia 24 e durante todo o dia 25, algo como se todas as pessoas no mundo estivessem sentindo algo especial e transparecendo esse sentimento.
Obrigado. Pra você também.
Parabéns. Grande Ricardo! Um abraço. Feliz Natal e Ano Novo, cheio de prosperidades.
Obrigado Beth.
Ricardo Vicente,
Sempre explorando os assuntos com primor.
Parabéns!!!
E que preencham os corações de todos os brasileiros de boa vontade em 2018. Feliz Natal Luiza!
Feliz Natal! Que o amor e a empatia sempre estejam presentes e prevaleçam.
Mais reflexões, melhores ações! Obrigado Kleber.
Obrigado Vânia.
Grande Ricardo e suas pontuais reflexões, mostrando e refletindo sobre a Família moderna e os alicerces de nossa Igreja, lembrando os aspectos históricos. Parabéns meu amigo Ricardo.
Parabéns, gosto muito do que escreve! Sempre traz algo novo, com conteúdo histórico, muitas realizações nesta jornada!